Jogo Duro

Aquela patrulha foi de vencida!

Quando, lá no meio dos montes, o vento entrou a soprar e a chuva veio rematar o prenúncio de tempestade, estavam eles ainda no começo da última etapa. Podiam ter renunciado ao seu objectivo - e mil razões tinham para o fazer: estavam "estoirados", tinham conquistado já o lugar da vanguarda no concurso inter-patrulhas, nada os faria perder o troféu da vitória... Mas, também, nada os faria agora fraquejar.

Não se contentavam em ser "relativamente bons". Queriam ser bons.

Não lhes interessava o terem feito muito. Tinham de fazer tudo, de ir até ao fim.

Essa sim, era uma patrulha de primeira classe. E aquele jogo duro era precisamente a sua resposta ao apelo da caminhada. Dimanava de cada um desses rapazes uma força de vencer que nos fazia encher também de entusiasmo, e desejo de ir assim para "mais além".

Havia, certamente, um segredo que os galvanizava.

- «Um segredo? Não temos...» - eis o que nos disseram, tão simplesmente.

Foi, então, que compreendemos. Dentro deles nascera e crescera, sem limites, o desejo de serem escuteiros - de serem escuteiros a cem por cento.

Castor Audaz